domingo, 28 de fevereiro de 2010

Fórum da Competitividade do Plástico - MDIC (Brasília 24/fev/10)


Na edição de 2009 do ENAFER, assisti a apresentação do Sr. Alexandre Lopes, Coordenador das Indústrias Químicas e de Transformados Plásticos, na SDP, do MDIC, sobre o Fórum da Competitividade da Cadeia do Plástico, que acabou por revelar novas perspectivas, no meu entendimento, também para a cadeia produtiva de Ferramentas, Moldes e Matrizes, brasileira.

Busquei informações complementares, no site do Ministério (tarefa nada fácil) e confirmei minha intuição - seria de grande importância que a ABM, tivesse um assento o Fórum!

Sugeri então a Associação, que fizéssemos o pleito.

No começo de 2010, chegou a resposta positiva do Ministério e, então, o Sr. Horacídio Leal Barbosa, Diretor Executivo da ABM convidou-me para representar a entidade no Fórum.

Participei então, da primeira reunião, aqui em São Paulo, em janeiro, na sede da ABIQUIM. E, nesta semana, de mais outra reunião, em Brasília, na sede do MDIC, na Esplanada dos Ministérios.

O Fórum da Competitividade do Plástico é uma ferramenta estratégica, inserida no contexto da PDP, ou seja, da Política Industrial do Estado Brasileiro. É coordenado pelo MDIC e gerenciado pela SDP.

A partir da página na web, do próprio ministério, o Fórum têm como objetivo elevar a competitividade industrial da cadeia no mercado mundial, com ações relativas:

* à geração de emprego, ocupação e renda,
* ao desenvolvimento e à desconcentração regional da produção,
* ao aumento das exportações,
* à substituição competitiva das importações e
* à capacitação tecnológica das empresas.

“Sua forma de atuação visa integrar, assim, o Setor Produtivo, formado por representantes do meio empresarial e dos trabalhadores e do Governo como um todo, buscando consenso em torno de oportunidades, desafios e da solução dos gargalos de cada uma das Cadeias Produtivas selecionadas, além da definição de metas e ações voltadas para a implementação de uma nova política industrial de desenvolvimento da produção”.



Ora, para se obter a transformação plástica (injeção, sopro, extrução e vácuo), é necessário um molde. Daí, não há como fortalecer a cadeia caso o segmento ferramenteiro esteja agonizando.

Vale lembrar que ao encomendarmos um molde fora do país (por exemplo, na China), estamos transferindo tecnologia. É natural, que logo comece a chegar também, no Brasil, produtos plásticos transformados.

Em grande parte, os projetos (Know How) são de origem nacional. É entregar o projeto e, antes do molde/matriz, teremos já no mercado interno, o próprio produto. Temos notícias que isso já vem acontecendo, aliás.

É, portanto, como assistir a morte destes dois segmentos da indústria nacional – o ferramenteiro e o transformador.

Sem contar que, aproximadamente, 90% das indústrias de transformação plástica, são representadas por pequenas e micros, empresas. Que, obviamente, são mais vulneráveis e pouco competitivas frente as "vantagens" do produto importado.



PS 1: Paralelamente, a nossa solicitação de assento no Fórum, pela ABM, direto ao Ministério, recebi o telefonema da colega Maria Lucia, integrante da CSFM da ABIMAQ, convidando-me para participar do Fórum, em virtude do trabalho que já vínhamos efetuando na ABM, através do nosso Encontro Anual da Cadeia – MOLDES ABM.

Sinto-me, então, grato pelo reconhecimento e pela confiança depositada e duplamente, portanto, comprometido em atuar no Fórum, contribuindo para o crescimento e consolidação do segmento ferramenteiro.


PS 2: Nas palavras do Ministro Miguel Jorge, a PDP resgata “a capacidade do Estado de coordenar suas ações e seus instrumentos para alavancar o desenvolvimento”.


PS 3: Em posts futuros, explicitarei os papéis do MCT, CGEE e ABDI, no Fórum.



Siglas utilizadas neste post:
(ver alguns links, para os respectivos sites, na coluna direita deste blog)

ENAFER - Encontro Nacional das Ferramentarias.
SDP - Secretária de Desenvolvimento da Produção.
MDIC - Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio Exterior.
ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração.
ABIQUIM - Associação Brasileira da Indústria Química.
PDP - Política de Desenvolvimento Produtivo.
CSFM - Câmara Setorial de Ferramentaria e Modelação.
ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos.
MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia.
CGEE - Centro de Gestão e Estudos Estratégicos.
ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

Para saber sobre a PDP, visite o site do MDIC:
http://www.desenvolvimento.gov.br/pdp/index.php/sitio/inicial

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ricardo Young, a Sustentabilidade e a Escola


Na última terça (02/fev), assisti a palestra de Ricardo Young, a respeito de sustentabilidade, no Colégio Magister, na zona sul de São Paulo.

Presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e Conselheiro do Instituo Akatu (links no final deste post e em “links que eu indico”, na página do Blog), o palestrante chegou munido de noticias e impressões da COP 15 (Copenhague) e do Fórum Econômico Mundial (Davos), por onde esteve.

Notícias tristes, infelizmente.

Além, do que já sabemos - que o modelo econômico vigente é insustentável - Young, reforçou a idéia que a disposição para mudanças, por parte das lideranças mundiais ainda é lenta e, conseqüentemente, preocupante! (alarmante, frustrante, decepcionante, etc.)!!!

Sem dúvida, poucos aceitam receber a “fatura” da racionalidade do consumo, em nome das futuras gerações. Afinal, acabamos todos consumindo e avançando sobre a natureza, sem muita reflexão, em busca de um certo “bem estar” (de curto prazo).

Ao consumirmos, nem sequer nos questionamos, qual será o destino final do resíduo (produto do consumo). Como se existisse um grande e mágico poço sem fim, onde pudéssemos jogá-lo (junto com nosso bom senso e responsabilidade).

Entretanto, acontece que, como disse oportunamente o palestrante, nossa civilização - diferente das anteriores, tem uma data de validade, estampada em seu rótulo!

E daí, a necessidade de agirmos!

Mas, o que eu quero registrar neste blog, diz respeito ao espaço que a escola abriu para este debate, tão importante - também sublinhado, pelo próprio palestrante.

Particularmente, tenho minhas dúvidas se estamos indo para o “buraco” apenas, por falta de Educação. Não é o pobre homem ignorante, que tem acesso ao consumo desmedido - como tem todos os doutores com diploma em punho e que, do alto de seus “jipões”, jogam suas latinhas de Budweiser ao andarem pelas ruas e avenidas.

(E, de forma alguma, estou descartando a importância da escola!).


Mas, o que quero dizer é que, não é a reprodução de conhecimento acadêmico que salvará o planeta (por mais que precisaremos dele, para buscar inovações). É o conceito (e a prática) de “cidadania”, que deve ser trabalhado com maior profundidade, intensidade e freqüência.

Ok, em nosso país, pais querem que seus filhos passem no vestibular e, por isso: conteúdo, conteúdo, conteúdo. Mas, e depois do acesso a universidade (pública) e do diploma? Vai mandá-lo para Marte? A "saída" para o mundo, será o "espaço-porto"?

(Também, não estou desprezando o papel do conteúdo!)

Penso, apenas, que precisamos fazer uma grande discussão sobre o papel da Escola, em nossa sociedade. Para definirmos - ou descobrirmos - com quais respostas ela poderá contribuir, para “respirarmos mais aliviados” (se, ainda, houver oxigênio).

Ações como a que ocorreu neste colégio, certamente, contribui. E, se estiver acompanhada de um projeto mais amplo, que contemple a rotina da escola, que seja alvo de comprometimento (e, não apenas, envolvimento) da direção e corpo docente - dos livros didáticos - certamente, contribuirá ainda mais.

Parabéns ao colégio pela iniciativa, ao Sr. Ricardo Young, pela exposição clara, aos Institutos Ethos e Akatu e para os pais, que naquela noite - deixaram outros, de seus tantos compromissos - superaram seu cansaço e estiveram presentes.

Começo até a pensar que, quem sabe, ainda tem jeito!


Sites:


http://www1.ethos.org.br

O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma organização sem fins lucrativos com a missão de “mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável”.


http://www.akatu.net/

O Instituto Akatu tem como missão de "Conscientizar e mobilizar o cidadão brasileiro para seu papel de agente transformador, enquanto consumidor, na construção da sustentabilidade da vida no planeta".

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